Olhe para o céu, eu sou uma nuvem

Odeio pensar que um dia eu mudei, pois eu nunca deixei de ser eu mesma com todo este medo de tudo.
Eu caminhei pouco, diria até que nunca sai do lugar. Busquei sempre a perfeição e a única coisa que encontrei foi o irreal.
"Quero melancias que nunca parem de crescer e que um dia, de tão enormes, explodam neste espaço habitado por humanos gentis e fedidos que passaram fome a mais de 100 anos graças a ecasses de bananas.
Quero flores das mais belas cores postas sobre os túmulos de mais de 7 bilhões de cadáveres, jorrados sobre este imenso turbilhão de gases, que formarão novos corpos cheios de beleza juvenil que acabarão no fundo do poço como todos os outros."

Nenhum mentira

Como poderia manter-me firme sabendo que este vento continuará me arrastando, por esses caminhos desconhecidos? Por isto naquela noite desabei, submersa em você, eu quis que o tempo parasse e despedisse todo este futuro.
O caminho poderia ser longo demais, e minha existência não tem programação especial para este universo inteiro, te ter comigo foi algo inexplicável. É como saber que o mar não tem fim e mesmo assim ele é seu, todo seu. Foi sabendo disto, que não me importei com o que falariam de mim depois disto, se contaria a verdade a alguém ou apenas mentiria sobre os Mets.
Mas eu sempre quis algo a mais, um barco a vela, uma ilha no pacífico e você.
Nada foi impossível no momento que descobri este amor, esta louca paixão. Me consome, me enlouquece, emanando este calor de dois corpos sedentos de êxtase.
Quando você disser coisas que me fazem pirar, venha me buscar, de qualquer país, de qualquer planeta, você conseguirá me levar daqui.